segunda-feira, 10 de agosto de 2009

PRIMEIRO PASSO DO CAMINHO DA RESTAURAÇÃO


Eu vejo os seus caminhos, e o sararei, e o guiarei, e lhe tornarei a dar consolação, a saber, aos seus pranteadores. Eu crio os frutos dos lábios: paz, paz, para o que está longe; e para o que está perto, diz o Senhor, e eu o sararei. (Isaías 57: 8 e 9)

Talvez a sua primeira pergunta mediante esta série de mensagnes seja: “O que precisa ser restaurado em mim?”

Geralmente somos tendenciosos a não detectar nossos problemas, estamos mais inclinados a achar e apontar as falhas e os problemas dos outros. Conseguimos detectar um cisco no olho do outro, mas não enxergamos a trave que se encontra encravada no nosso (como falou Jesus em Mt 7:3). Mas a realidade vista pelos olhos soberanos de Deus revela que todos nós temos lutas pessoais, fraquezas, limitações, defeitos, complexos, medos, traumas, vícios...

Quero fazer aqui uma breve lista de problemas tão comuns na vida do ser humano moderno:

Compulsão (tendência à repetição, vontade descontrolada) por: Sexo, comida, compras, trabalho, pornografia, cuidado com a aparência, etc.

Vícios (conduta ou costume prejudicial, que leva a uma dependência): cigarros, alcool, maconha, outras drogas, medicamentos (hipocondria), jogos, falar mentira, etc

Problemas de relacionamento: ciúmes, ira, raiva, explosividade, independência, dependência, separação, mágoa, frieza e controle de pessoas, etc.

Sentimentais: melancolia, medos (fobias), ansiedade descontrolada, pesar, tristeza profunda sem motivos, perfeccionismo extremo, insegurança, complexos de inferioridade e de superioridade, etc.

Neste caminhos que vamos trilhar, é necessário deixar claro que não estarei apontando para homens, regras, dogmas, ritos, receitas mágicas, passes miraculosos, correntes de sete semanas, campanhas, trilhas ou objetos ungidos como instrumento de restauração. Estarei mostrando, como diz o texto lido, um caminho, na realidade um processo de restauração onde JESUS CRISTO é o restaurador fiel.

Este mundo em que vivemos está literalmente um caos, uma bagunça, uma desordem quase total, e não é porque Deus o criou assim, mas porque o homem o tornou assim. Ao afastar-se de Deus, o homem transformou-se num ser incompleto, incoerente e insensível e que “detonou” o seu mundo, provocando um “caos” em todas as áreas da existência humana. Muitas tentativas de consertar o mundo, através da solução dos problemas, indicam que atuamos mais nos efeitos ou sintomas que no agente causador. Quando pensamos em consertar o mundo temos que consertar o homem, que apartir de sua restauração trará conserto para seu habitat.

Isto significa pensar na possibilidade de que um dos grandes problemas da sua vida pode ser você mesmo! Suas decisões, suas palavras, seu temperamento, seus hábitos, seus medos...

Como você poderá vencer os traumas que marcaram o teu passado?

Como lidar com os maus hábitos que estão arruinando a tua vida e com teus relacionamentos?

Como lidar com problemas pessoais que estão causando tanto sofrimento e decepção?

A vida não é fácil, o mundo está em desordem, vivemos nos ferindo e ferindo a outros. Todos nós precisamos de restauração física, emocional, relacional, financeira, espiritual ou sexual. A minha proposta aqui é mostrar um caminho bíblico de restauração do homem como um todo: corpo, alma e espírito, e diante disto, temos agora duas opções de caminho a seguir:

O caminho da restauração, em que você deverá estar disposto a concluir todos os passos que serão apresentados, independente de quando seja difícil, e conseguir com o tempo receber a restauração que Deus prometeu em sua palavra, ou...

O caminho da conformação, em que você decide não mexer em nada, continuar fingindo que está tudo bem, que o tempo, que até hoje não consertou venha de uma hora para outra consertar, vai continuar ferindo, sofrendo, e prejudicando a mim e a quem se relaciona contigo.

PRIMEIRO PASSO:

“Eu admito que sou incapaz de controlar as minhas tendências de fazer o que é errado, e que por isto nestas áreas a minha vida está fora do meu controle”

Por exemplo:

você Já tentou dormir, e de tão preocupado não conseguiu?

Já comeu algumas vezes mais do que deveria, ou do que precisaria, mesmo sabendo dos problemas que vai ter?

Já comprovou que precisava urgente de exercícios físicos pois sua saúde está em risco, e mesmo assim não os faz?

Já comeu aquela gordurinha da carne sabendo que lhe faz mal e está proibido pelo médico?

Já tentou controlar alguém para obter benefícios próprios, usando chantagem, medo, choro?

Já sentiu a direção do Espírito Santo para fazer alguma coisa e fez o contrário?

Se você vive uma ou mais situações destas acima, seja bem vindo(a) à raça humana! O próprio Paulo foi sincero o suficiente para reconhecer isto em Rm 7:19

“Pois o que faço não é o bem que desejo, mas o mal que não quero fazer, esse eu continuo fazendo”

A causa, ou o agente causador de tudo isto, segundo a palavra de Deus, é a minha “natureza pecaminosa,” que nos levar a querer “BRINCAR DE DEUS.”

Adão e Eva desobedeceram e pecaram porque foram fascinados com esta possibilidade:

“Deus sabe que, no dia em quem dele (fruto) comerem, seus olhos se abrirão, e vocês, como Deus, serão conhecedores do bem e do mal” (Gn 3:5).

Há um fascínio no coração humano em querer possuir o mesmo poder que imaginam que Deus tem: Ser o detentor da verdade, ter o controle sobre todas as situações, ter o controle sobre todas as pessoas, ter uma invulnerabilidade (nada me atinge), etc.


Como é que "brincamos de Deus" em nosso dia a dia?

Quando gostamos de decidir o que é certo e o que é errado.

Geralmente quando falamos:

-Ninguém opina nas minhas decisões, eu é que sou a primeira e última palavra em tudo!

-O certo é o que é bom para mim, o restante se vire!

-Não venha me dizer o que fazer, pois eu sei muito bem o que quero e o que devo fazer!

-O controle não vai sair da minha mão, eu é que decido, você apenas obedece

isto indica um complexo de superioridade, arrogância, auto suficiência, ou até mesmo uma grande insegurança disfarçada.


Quando gostamos de controlar tudo, inclusive os problemas.

-Calma aí, esta área é a minha, se meta no seu ministério!

-Eu já sei de tudo, não precisa me explicar, vou fazer tudo sozinho!

-Deixa comigo, posso resolver sozinho, isto é moleza!

-Está tudo sobre controle, tudo certinho, não tem problemas nenhum!

Esta ânsia de controle é gerada pelo medo de não conseguir resolver, resultados.


Quando passamos a controlar a nossa imagem perante os outros.

Esta necessidade surge da grande pergunta:

-O que será que as pessoas pensam de mim? Como é que as pessoas estão me vendo?

-Não, eu não estou com raiva do que você fez, de jeito nenhum!

-Não, eu não estou triste não, é impressão sua!

-Num magoou não, eu estou bem!

-Eu não estou preocupado porque perdi o emprego não, Deus é mais

Passamos a usar máscaras, a forjar falsas atitudes para aparentar o que não somos, Evitamos revelar nossas fraquezas e reais sentimentos para mostrar que somos fortes, santos...


Quando passamos a controlar quem se envolve conosco (marido, esposa, filho, funcionário, liderado, amigo...).

-Ei, onde você estava até agora? Porque demorou tanto?

-Vai sair para onde de novo?

-Peraí, não é assim não, me mostre tudo o que está acontecendo!

-Querido, se você não parar agora, hoje de noite vai ser zero a zero, viu?

-Vai sair de novo, é? Cuidado pois você pode não me achar aqui quando voltar!

Esta ânsia de controle é gerada pela insegurança com relação ao controlado, como não conseguimos influênciar as pessoas, usamos argumentos ilegais e opressivos de controle (culqa, medo, elogio, silêncio, ira, raiva, chantagem, mentira). Como não a atraímos por aquilo que estamos sendo, as seguramos com estas ameaças


Quando insistimos em controlar a nossa dor.

  • A compulsão por comer, por dormir, por fazer exercícios, são reflexos de tentativas frustradas de abafar a dor da solidão, da mágoa, da decepção, da rejeição, do desamor.
  • É a adolescente que foi mal amada pelo pai, e agora se entrega sem limites nos braços de outros homens buscando nas aventuras sexuais um homem que lhe ame, lhe dê atenção.
  • É o marido que fica trabalhando até tarde afim de não chegar cedo em casa, pois está em meio a uma crise que não quer conversar, não busca conserto, pois ele mesmo tem que mudar.
  • É a esposa que humilhada pelo desprezo e frieza do marido, vai buscar em busca de uma beleza perfeita, como se fosse apenas isto a causa do fracasso do casamento.
  • É o adulto que oprimido por tantas pressões no trabalho, em casa e na igreja que busca refrigério em toneladas de comida, como se o prazer de comer viesse a suprir a dor na alma.
  • É o adolescente que descobriu que o mundo não é um conto de fadas, que sua família não é nada perfeita, que a separação dos pais, a crise financeira o afeta diretamente, e parte para esconder-se num mundo imaginário, o mundo das drogas, do alcool, dos vícios, que trazem um alívio instantâneo e passageiro, mas que agrega mais e mais problemas ao viciado.
  • E quando perguntamos:
  • Está tudo bem com você?
  • Ah, tá tudo beleza!


Quais as consequências de se “brincar de Deus”?

O medo.

Após obter o conhecimento do bem e do mal, Adão teve medo de Deus (Gn 3:10).

Ficamos temerosos de que alguém descubra quem realmente somos por dentro, e das besteiras que já fizemos na vida.Criamos relacionamentos superficiais, evitando assim que alguém chegue muito perto da nossa realidade. Tememos nos revelar quem realmente somos, para não afastar quem amamos, ou para não sermos rejeitados em nossos relacionamentos.

- Se eu abrir meu coração e revelar minhas fraquezas e problemas, ninguém vai gostar de mim!


A frustração pelo fracasso (não atingir o seu ideal, privação de uma necessidade).

Este é o prêmio de todos aqueles que querem ser o que não podem ser: DEUS. É este sentimento que reforça o fato de que sozinho você nunca vai conseguir. É o único resultado que aparece na vida de quem tenta brincar de ser Deus.Paulo reconhece isto quando clama:

-“miserável homem que eu sou!” Rm 7: 24

Percebemos que eliminamos um vício, mas caímos em outro! Lutamos com nossa força de vontade, mas sempre caímos no mesmo erro! Controlamos a vida de certo alguém, mas outra pessoa foge do nosso controle. É como aquele joguinho do “game Station” em que precisamos martelar a cabeça dos sapinhos que vão surgindo, nunca conseguimos manter todos abaixados, é frustrante.

A Fadiga (cansaço, queda da capacidade física e mental por resultados não esperados)

Querer ser Deus é extremamente fatigante, pois é muito pra gente! Aí, para desviar a frustração nós nos mantemos ocupados até não aguentar mais. Quando vou para cama cedo, esta fadiga me cerca, os resultados, os fracassos, as lutas que ainda restam, me esgotam física e emocionalmente. Por isto só deito quando o sono está insuportável, pois ao deitar logo durmo e não curto a fadiga. Para isto vou assistir televisão até tarde, vou ler, vou fazer alguma coisa em casa, vou ficar na internet até dar sono... isto é fuga. Até dentro da igreja há pessoas que fogem de seus problemas se escondendo atrás de um ATIVISMO RELIGIOSO, não para um instante para ser ministrado, pois parar significar avaliar e rever posturas, que vão causar dor, vou ter que perdoar, que amar. Então surgem os diálogos de fuga:

-Querido(a), vamos ter que parar um pouco e conversar na hora do jantar sobre nós dois!

-Não posso amor, pois hoje vai ter programação na igreja e estão precisando de mim hoje! Temos que buscar mais a Deus, eu não posso faltar!


TRANSFORMANDO A IGREJA EM UM AMBIENTE DE RESTAURAÇÃO:

Precisamos entender que a igreja deve ser o local onde deveremos nos apresentar da real maneira que somos, sem máscaras, sem falsas aparências, sem disfarces. Nesta área a igreja pode ser comparada a um HOTEL ou a um HOSPITAL.

NO HOTEL, vivemos só de aparências, nada daquilo que usamos é o retrato da nossa realidade, é um mundo fantasioso, onde que nos vê de longe acha que somos ricos, felizes, completos. Estamos lá para sermos servidos, para desfrutar de uma vida social fantasiosa.

NO HOSPITAL, para sermos curados temos que tirar toda a aparência externa enfeitada, e vestirmos a bata feia e constrangedora, nos despimos de toda e qualquer aparência contrária ao que realmente estamos sentindo, nos tornamos iguais aos outros e teremos que falar toda a verdade, se quisermos obter a cura. Numa IGREJA HOSPITAL, tem que haver um clima destes, em que o ferido que chegue possa encontrar um ambiente seguro, onde ao ser ele mesmo não seja julgado, ou diminuído, mas amparado, amado, e tratado. Em um ambiente deste, nosso irmão mais próximo vai ser um espelho das minhas fraquezas, não para criticar, julgar ou diminuir, mas para me ajudar a me curar no processo de restauração.

Se fugirmos desta realidade a igreja vira um HOTEL, onde está sempre cheio de gente, mas não há cura, não há restauração, é apenas um comércio para os donos e uma diversão para os hospedes.

Devemos criar um ambiente de intimidade nos relacionamentos na igreja. A intimidade nos relacionamento nos leva a diagnosticar os problemas uns dos outros, como exemplo da esposa que sabe de alguns defeitos do marido que nem mesmo sua mãe sabe. Existem problemas na nossa vida que são como uma "mancha em nossa testa", todo mundo vê logo quando olha para nós, e nunca conseguimos enxergar. Por isto os pequenos grupos existirão, para que tenhamos um ambiente seguro, acolhedor, que nos ajude a ser benção uns aos outros. local onde confessamos nossos pecados uns aos outros e seremos curados (Tiago 5)


ENCARANDO O DESAFIO...

O que você fará apartir de agora diante de tudo que ouviu?

Há uma tendência natural do ser humano mediante esta situação: a opção de buscar uma mudança na vida sempre é mal encarada, pois exige sinceridade, auto negação, dor, perdão, reconhecimento de erro, de pecado e uma auto avaliação honesta de quem realmente somos. Mas a dor continua, o problema não foi resolvido, o vício está destruindo muitas coisas, a mágoa está definhando os sentimentos do coração, a situação está piorando...

Será que vamos ter que esperar que a dor ou o problema seja maior que o nosso medo de mudança?

Até quando esperar para resolver esta pequena crise conjugal? Quando vier a separação?

Quando vai parar para conversar sobre o perdão? Quando não houver mais oportundidade?

Até quando vai adiar a conversa com os filhos? Até que eles cheguem em casa para pegar as malas e cair no mundo?

Até quando vai estar adiando esta busca a Deus para um avivamento pessoal? Quando já estiver tão frio que não encontre nem mais forças para andar com Cristo?

Até quando você vai estar sem abrir seu coração com seu pai ou mãe para sarar as feridas do relacionamento? Quando ele não mais existirem e você perceber que grande parte do erro era seu e que eles queriam o seu bem?

Quando vai tratar esta compulsão descontrolada de comida? Quando estiver diabético, hipertenso, com problemas cardíacos sérios que comprometerão a sua vida?

Quando vai reavaliar seu jeito grosso de ser nos seus relacionamentos? Quando perder a todos que te amam? Quando se encontrar sozinho e ignorado?

Você nunca será curado antes que admita suas falhas, antes que você seja verdadeiro , sincero consigo mesmo e com as pessoas. A promessa de cura de Deus é para aqueles que admitem que estão doentes, e que confessam seus problemas ao Senhor. É quando reconheço que sou realmente fraco, que Deus me tem como forte! (2Co 12:10).

Na sociedade em que vivemos, reconhecer que é fraco é sinal de derrota, e os que são pelo mundo chamados de forte, na realidade são os mais problemáticos, e erroneamente ficam buscando na Auto-ajuda uma solução que nunca é satisfatória para seus problemas.

Tentar mudar buscando força dentro de si mesmo, é querer brincar de Deus, e isto só gera medo, frustração e fadiga.Para que você possa continuar a andar neste caminho de restauração precisa admitir:

SOU INCAPAZ DE LIDAR COM MEUS MAUS HÁBITOS, COMPORTAMENTOS E AÇÕES DANOSAS E QUE A MINHA VIDA NESTAS ÁREAS ESTÁ FORA DO MEU CONTROLE, EU PRECISO DE AJUDA. EU CREIO NA PALAVRA DE DEUS, QUE ME PROMETE A CURA E A RESTAURAÇÃO, E VOU SEGUIR ESTE CAMINHO, PASSO A PASSO.

Faça deste último parágrafo a sua oração, se puder agora, entre em um ambiente em que estará sozinho(a), dobre seus joelhos e reconheça a sua fraqueza, pois fazendo assim, estará dando o primeiro passo em um caminho maravilhoso de restauração, que vai lhe permitir usufruir de uma vida abundante em Cristo.

Com amor e graça,

Dailson

2 comentários:

  1. Querido Dailson

    Eu gosto de ler seus textos porque neles nós sempre nos encontramos de alguma forma ou de outra, e dessa forma somos atingidos e compelidos a tomarmos uma decisão de tornar nossa vida semelhante à de Jesus Cristo.
    Eu já tive a feliz oportunidade de ler a Bíblia toda, é verdade que isso faz tempo....na época do seminário...anos noventa.... hehehehe... século passado... e revendo atualmente alguns textos eu verifiquei que todo milagre realizado por Jesus teve a priori uma motivação das pessoas buscaram receber das mãos do nosso mestre a graça almejada:
    ... se tão somente eu tocar nas suas vestes, sararei. Mc 5:28
    ... está aqui um rapaz que tem cinco pães e dois peixinhos... Jo 6:9
    ....Jesus, filho de Davi, tem misericórdia de mim Mc 10:47 e mais adiante Jesus ainda pergunta: que queres que eu te faça... parece um absurdo ouvir Jesus fazendo essa pergunta a um cego, mas ele não hesitou e nem xingou Jesus. O cego poderia ter dito, numa linguagem bem atualizada, nordestina e malcriada ainda por cima – se liga Jesus, tá vendo não? Oxe! O cego aqui sou eu ou você? Pois é, mas o homem humildemente disse: -Mestre, que eu tenha vista. V 51.
    São tantos os exemplos apontados na Bíblia que para termos nossas vidas restauradas precisamos dá o primeiro passo em direção aos propósitos de Deus. E ele irá completar a boa obra em nós.
    Tenhamos fé e força para decidirmos caminhar a trajetória da restauração. Não esqueçamos, portanto que para isso termos que trilhar os mesmos caminhos e sofrimento para revisitar nossas angustias afim de r[e]significar nossas vidas em Cristo Jesus.
    Eu sou uma psicóloga cristã e graças a Deus hoje tenho visto claramente como é importante nos colocarmos a presença de Deus e verificar que o caminho da cura e da restauração das nossas almas feridas pelos infortúnios e percalços da vida está também a nossa implicação nesse processo.
    Recorrendo um pouco a Freud, o mesmo diz sabiamente que o nosso inconsciente não tem idade. No âmago de nossa personalidade coexistem ao mesmo tempo o adulto racional e a criança que sofre, mas essa criança que sofre é criativa, sorridente e cheia de vida e de recursos. Essa criança dentro de nós que sofre explica muitas de nossas reivindicações, nossa raiva, nossas más escolhas, nossos medos, nossa ansiedade e nossa recusa de amar. Por isso Jung nos aconselha a fazer as pazes com a nossa criança interior, buscar compreendê-la, escutar seu choro e embalá-la.
    E é claro com Jesus no comando desse processo, pois Ele, se importa com nosso sofrimento: - Jesus, pois, quando a viu chorar, e também chorando os judeus que com ela vinham, moveu-se muito em espírito, e perturbou-se Jô 11:33.
    Eu tenho um texto no meu blog que fala sobre “Quando murmurar faz bem” que fala justamente dessa necessidade que temos de nos encolher na presença de Deus para buscarmos as suas respostas pra nossas vidas.
    Reafirmo: È Deus meu amado que vai preparar um banquete para você. Mas acho que o banquete já está preparado, sirva-se então... o tempo de cantar chegou!
    Amém.

    Iris

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  2. Que coisa linda Daison que você escreveu, confesso que não parei de chorar quando li, rsrsrs, desculpe, mas foi irresistível tamanha emoção ao ler palavras tão profundas e que nós faz ver em espelho o quanto brincamos de querer ser Deus, e isso de início nos satisfaz por ter a percepção de que tudo está sob o nosso controle. E quando enchegamos o meio e/ou o fim das coisas, percemos o quanto doloroso é brincar de querer ser Deus. Já brinquei muitas vezes e já brincaram comingo também e concluo que nem um e nem outro me completaram. Uma vez eu ouvir a seguinte frase "que os cretes não mentem, eles cantam", e na verdade fiquei intrigada de início, mas hoje quando ministro louvores a Deus nas igrejas e até eu mesma me peguei muitas vezes declarando palavras belíssima a Deus, como se achasse que Ele iria se comover com as munha doces e lindas frase, de vez enquando até bem decorada com chavões crentais. Passei a refletir sobre isso e percebir, que mesmo que as pessoas me vejam frágil, sensível, carente, em certos momentos da vida é assim que tem que ser, é assim quero ser enchegada, porque creio que Deus prefere os verdadadeiros, mesmo com suas limitações, do que um hipócrita. Criamos uma espécie de película, máscaras, pois queremos ser vistos como uma benção, como um urgido, santo, a mulher de Deus, para que podemos desfrutar do respeito "espiritual" (se é que esse pensamento faça sentido)não que essas comportamentos não existam, mas nos somos humanos e ora estamos nos sentindo um Pedro, Petros, Pedra e ora nos sentimos como Pedro pescador onde adimitismos a onipotência de Deus em nossas vidas e nossa fraquesa pela natureza caída inerentes a raça humana após a queda de Adão e Eva. Oro a Deus nesse momento para que Ele, na sua sua soberania e plenitude, nós abenções e que sua paciência seja derramada constantemente nas nossas relações e vidas, pois muita veze me sinto dizendo "o bem que eu quero não faço e o mal que não quero faço, maldita mulher que sou". Tenho um sentimento de impotência nesse momento, sinto desejo de acertar e pela sua graça e amor Ele tem me restaurado dia a dia. Obrigado pelas suas palavra inspiradas, mas como já disse outras vezes, elas não sua suas: É Deus revelando suas idèias e sentimentos através de você. Amém. E Um forte abraço. Keyla Comber.

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